quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Fábio@


Eu tento aceitar a tua partida bé. Vezes e vezes sem contas. Digo que vou conseguir aceita-la sem conseguir acreditar nas minhas palavras. Tento, e volto a tentar. Tento convencer-me de que sou capaz de um dia vir a escrever sobre ti sem deitar lágrimas, que um dia este sofrimento vai atenuar, mas falta-me convicção nas palavras. Sem dúvida que o tempo cura todas as feridas, mas não leva as cicatrizes, que me lembram a cada dia, cada hora, cada segundo, que já não te tenho aqui, como sempre. E é mais difícil ainda aceitar tudo isto pela forma injusta como aconteceu. Foste um herói; e não sou a única a dizê-lo. Deixaste-me mais uma vez orgulhosa, deste-me mais uma prova de que merecias toda a confiança, de que toda a nossa amizade não foi em vão. Neste momento, isso só torna as coisas mais difíceis.

Odeio-me. Odeio-me por não puder ter feito nada para te salvar, por não puder cumprir as minhas promessas, por não ter sido suficientemente insistente para realizar o nosso pequenino "sonho". Odeio-me por não conseguir ultrapassar isto de vez e deixar de sofrer por causa disso. Odeio-me por não conseguir estar contigo agora, abraçar-te e dizer-te tudo o que gostava cara-a-cara, e ter de escrever estas palavras aqui, sem saber se de alguma forma as conseguirás ler.
Resta-me continuar a tentar, ganhar forças para lutar e vencer esta mágoa; por ti, por a nossa amizade, por cada momento, por tudo.

"Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós."
E de certa forma, tu não morreste bé. Continuas vivo: nas minhas memórias, no meu coração. Continuas a ocupar o teu lugar na minha vida, apesar de ser de forma diferente.
Tua, sempre. Amo-te minha estrelinha ♥

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