quarta-feira, 3 de março de 2010

Dreams

O sol insistia em desaparecer na linha do horizonte, e o céu exibia as cores vivas do crepúsculo, como que a convidar-nos para assistir aquele por do sol deslumbrante.
Aquele cenário estava repleto de mistério. Quebraste o silêncio com as notas da tua guitarra; a música estava em perfeita harmonia com o ambiente que nos rodeava, e encaixava na perfeição naquele momento. E tocaste para mim, mais uma vez, a nossa música.
Eu, deslumbrava cada linha do teu rosto e do teu sorriso. Cantas, e encantas, com a tua voz suave a cantar baixinho para mim, sem desafinar. Acabas de tocar, e pousas a guitarra. Pegas na minha mão e puxas-me para perto de ti. Sinto o calor do teu corpo a aquecer-me, a confortar-me. Abraças-me com força, e fazes-me sentir que nunca te perdi, que estiveste sempre ao meu lado.
O sol deu lugar à lua, que brilha agora sobre nós, e continuamos abraçados no silêncio da noite. Segredas-me ao ouvido; "Está tudo bem bé; eu nunca te vou abandonar. Para sempre"

Acordo sobressaltada do meu sonho. Rolam lágrimas pelo meu rosto em sinal de descontentamento, revolta e saudade. O brilho da lua tinha desaparecido. O cenário que outrora fora perfeito tinha agora sido transformado numa escuridão sem fim. De repente, arrancaram-te dos meus braços, e eu fiquei perdida como uma criança indefesa, sem meios para me defender.
E continuas a aparecer nos meus sonhos, todas as noites, e lembras-me que de certa forma, continua tudo como dantes. Então se é assim, porque é que eu não sinto o mesmo?

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