É triste dizer isto, mas é verdade. Odeio-te!
Pai é quem está presente na educação da filha, que a ajuda sempre que precisa, que tira de si para dar a ela e a mete acima de tudo e todos. É um modelo a seguir, um ídolo, que nos dá afecto e carinho; Diz-me, mereces que te chame pai se nunca agiste como tal?
Onde é que estiveste enquanto a pequena Andreia de caracóis loiros cresceu e se tornou uma mulher? Onde é que estiveste quando a mãe foi obrigada a ocupar o teu papel, e me educou a mim e à minha irmã sozinha? Chamar-te dador de ADN, é muito. Não mereces nem um pouco que te chame de pai. Eu cresci, e tenho consciência da super-mãe que tenho, a minha heroína, o meu ídolo; e também tenho consciência do teu papel nesta história: um pai ausente, que sempre se pôs a si próprio acima das filhas, independentemente das consequências que isso trouxesse. Acima de tudo sempre teve a tua diversão, E TU! Nós éramos apenas cenário nesse teu mundo fútil e egoísta onde só havia lugar para ti. Mas todos os actos têm consequências; as tuas foram perder a minha irmã, e agora perderes-me a mim. Perderes-me porque não foste capaz de agarrar a oportunidade que tiveste de ficar 'bem' comigo; perderes-me porque continuas a por-te a ti, às tuas saídas, namoradas e amigos acima de qualquer coisa que te peça, porque eu fico sempre para último, E ESTOU CANSADA! Cansada de ser pisada por ti! Fartei-me de brincares comigo, de fazeres o que entenderes e quem ficar mal ser sempre a Andreia. Acabou-se! E não esperes de mim uma atitude fácil contigo daqui em diante. Eu não me esqueço das coisas tão facilmente como tu esperas e queres.
Andreia
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